Notas do apocalipse da vigilância
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Em junho, o governo federal canadense introduziu duas leis no parlamento
com o objetivo de reforçar as leis adentro do século XXI (1). Uma lei
requer nova internet, wireless e outros equipamentos e softwares de
telecomunicação para aumentar a capacidade de vigilância, e a outra
solicita que provedores de serviços providenciem rapidamente informações
de identificação dos usuários para reforçar a lei, sem necessidade de
autorização judicial.
Mesmo dentro das brechas estreitas do liberalismo, isto é incrivelmente
idiota por uma simples razão: devido à natureza das redes digitais, se
você permitir que a interceptação “da lei” seja facilitada nos
equipamentos, você automaticamente permitirá que ocorra a vigilância em
massa. Seria como instalar câmeras policiais em todos os cômodos da sua
casa, com a esperança de que a polícia se restrinja a utilizar com
prudência e nunca ligue as câmeras. Isto não é uma estratégia viável
para a longevidade dos nossos movimentos sociais.
Na Alemanha, eles sabem algo sobre os perigos da vigilância. No dia 13
de setembro em Berlim, 25.000 pessoas protestaram contra o aumento do
monitoramento e coleta de dados pelo Estado e pelo capital. Seu lema:
“Liberdade no lugar do medo – parem a loucura da vigilância” (2).
[1] http://www.publicsafety.gc.ca/media/nr/2009/nr20090618-eng.aspx
[2] http://www.thelocal.de/society/20090913-21897.html
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Notas do apocalipse da vigilância
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